Ao iniciar minha jornada por blogs sobre Educação a Distância, me deparei com o da professora Ana Beatriz Gomes, da Universidade Federal de Pernambuco (http://anabeatrizgomes.blogspot.com/). O primeiro comentário que fiz em seu blog foi a respeito de uma apresentação de David Alvarez sobre Aprendizagem Social: PLEs, MOOC, Comunidades. Comentei que recentemente estava lendo um material sobre Educação a Distância - EaD que falava sobre Personal Learning Environments - PLEs, cintado como o futuro da EaD, mas que na verdade já achava que os ambientes pessoais de aprendizagem são o presente da educação a distância.
Uma tendência na EaD é a construção de Ambientes Pessoais de Aprendizagem ou Personal Learning Environments (PLEs). Com o desenvolvimento das TICs, o aluno pode, agora, organizar seu próprio ambiente de aprendizagem, escolhendo as plataformas, as ferramentas e os conteúdos que mais lhe interessam e que estejam mais em sintonia com seus estilos de aprendizagem preponderantes (MATTAR, 2011).
A autora do blog comentou que também concordava com os PLEs como sendo o futuro/ presente da EaD, que poderiam substituir as plataformas atuais tão engessadas.
Independente do tipo de educação, seja ela presencial ou a distância, observo que as principais dificuldades continuam sendo as mesmas. Um dos post comentados no blog da Professora Ana Beatriz falava sobre um artigo publicado por João Mattar na Revista Digital La Educ @cion da Organização dos Estados Americanos (OEA). No post a autora ressalte os argumentos utilizados por Mattar sobre a alienação do tutor no atual contexto da EaD e também sobre a substituição dos atuais ambientes virtuais de aprendizagem pelos PLEs. Ao ler o artigo original, percebo que o cerne da questão continua sendo o mesmo da educação presencial: como possibilitar que o aluno construa realmente seu conhecimento e não seja apenas um receptor passivo de informações, e de que modo tornar a aula (ou no caso da EaD, o ambiente) interessante para o aluno, levando em consideração seu contexto sócio-histórico.
Este problema não é novo e muitos autores já falaram a respeito. Vygotsky já anunciava que o sujeito é ativo e age sobre o meio; e que sua consciência é sobretudo social, formada a partir das relações que os homens estabelecem entre si (NAVES e DAMIANI, 2006). “[...] aprendizagem não era uma mera aquisição de informações, não acontecia a partir de uma simples associação de idéias armazenadas na memória, mas era um processo interno, ativo e interpessoal” (NAVES e DAMIANI, 2006). Da mesma forma, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (apud MATTAR, 2011) datado de 1932, pregava a “[...] a substituição de uma aprendizagem passiva pela construção do conhecimento [...]”. Os comentários a respeito do post da professora Ana Beatriz giraram em torno dos seguintes itens: os PLEs como futuro da EaD; a necessidade do professor estar conectado com todas a novidades tecnológica e a dificuldade que alguns podem encontrar em acompanhar este progresso; a possibilidade da EaD em promover uma maior autonomia nos seus alunos e suas inúmeras possibilidades de interações; a importância da “figura humana” nos ambientes virtuais, essencialmente através da visão do tutor como um professor. Um comentário que me chamou a atenção foi o de que “as redes por si só não são capazes de educar ninguém”, afirmação com a qual concordo, porém considero que as redes permitem uma aproximação maior da realidade do nosso aluno.
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